A excelência arquitetónica da moradia situada no coração da Costa Nova, Ílhavo, foi o ponto de partida para um projeto de reabilitação e ampliação que não apenas respeita a memória do lugar, mas eleva a sua presença urbana. A intervenção, da autoria do arquiteto António Figueiredo, do Atelier Espaço Objecto, Arquitetura e Design, conquistou o Prémio Municipal António Sarrico de Arquitetura de Ílhavo 2025, distinguindo-se entre as 16 obras selecionadas pelo seu notável equilíbrio entre tradição e contemporaneidade.

O projeto nasce do desejo do proprietário em transformar uma construção pré-existente, não diretamente associada aos tradicionais “palheiros” da Costa Nova, numa habitação unifamiliar de tipologia T4. Com frente para a emblemática Avenida José Estêvão e confrontando também com a Avenida da Bela Vista, o lote foi inteligentemente reorganizado, conjugando o edifício original com um novo volume arquitetónico. A articulação entre os dois corpos revelou-se um exercício sofisticado de composição e funcionalidade, onde a introdução de percursos, pátios e espaços abertos, como o jardim vertical, a piscina e o mural cerâmico do escultor António Nobre, contribuem para uma vivência rica e sensorial do espaço.

Neste cenário de elevada exigência arquitetónica, a Exporlux teve um papel determinante na valorização da linguagem espacial e material do projeto, através de uma abordagem luminotécnica integrada e precisa. A iluminação não foi pensada como um mero complemento, mas como uma verdadeira ferramenta de projeto, capaz de acentuar texturas, volumes e ritmos, desde os painéis cerâmicos exteriores até aos detalhes de madeira recortada que coroam a pala da cobertura.

A escolha criteriosa dos sistemas de iluminação da Exporlux permitiu criar diferentes atmosferas ao longo do percurso arquitetónico, realçando o caráter dos espaços interiores e exteriores, e contribuindo para a leitura noturna da casa como uma extensão da paisagem costeira onde se insere. A luz atua aqui como elemento de coesão entre passado e presente, entre o gesto arquitetónico e a experiência quotidiana.

A nova volumetria, que dialoga com a escala e a linguagem dos edifícios vizinhos, nomeadamente através da cobertura de duas águas e do revestimento em madeira, remete para a memória coletiva dos “palheiros” e reintegra o edifício na identidade visual da Costa Nova. A Exporlux, ao iluminar esta identidade com subtileza e intenção, reforça o papel da luz enquanto agente de valorização patrimonial e expressão arquitetónica.

A distinção atribuída pelo Município de Ílhavo reconhece não apenas a mestria do projeto arquitetónico, mas também a colaboração entre os diferentes agentes que o tornaram possível. Como sublinhou António Figueiredo na cerimónia de entrega de prémios, realizada no Museu Marítimo de Ílhavo, “esta obra não teria sido possível sem a dedicação de uma equipa que tem caminhado comigo ao longo dos anos”. Uma equipa onde a Exporlux se destaca, não apenas como fornecedora de soluções de iluminação, mas como parceira ativa na materialização de uma arquitetura que se pretende duradoura, sensível e luminosa.

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